quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Dias de chão
Para onde todos irão
Cultivadas aradas
Escavadas com as mãos
Tempos de terra
Em que a sina e certa
Ali não tens promessas
O único afago o pó micro ralo
Tempos de agonia
Lembranças boas e ruins
Esperança perdidas na estrada
Desejos que não se fizeram cumprir
Dias de suor labutas
Arte entalhada em madeira bruta
Que ficará guardada num vão
A sete palmos do chão
Dias de eternidade
Onde repousara em solo fértil
Lugar que iremos voltar
As raízes profundas da terra
Destino marcado
Traçado riscado e lavrado
Não estará deitado sozinho
Agora jaz o pó deste lugar sagrado
Luiz D Salles
Poeminimos
Grito silencioso
Ofegante suicídio
Da raça humana
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A chuva ameaça
Formigas apressadas
Como a voz do Poe/ma
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Nos campos
Floresce cupinzeiros
Cheios de vida
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Instinto
Nuvens de pássaros
Plantações de arroz
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Viajante
Na sombra da nuvem
Pássaro descansa
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[ A Clevane Pessoa & José Geraldo Neres ]
Nas folhas
Pousam pássaros
Poesias de algodão
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Mãos
Lápis desenha
Sons de asas
Revoada
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Seres @
Ao redor do útero
O espião escuta
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Migrantes
Como cada amanhecer
Pássaros ciganos
Permeiam o destino dos homens
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Incolor
Há almas
Brancas amarelas negras
Puras não tem cor
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Estação erótica
Fim de tarde
O vento varre folhas
Outono beija árvores nuas
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Infância
Juá amarelo como o sol
Guardado Por sentinelas de espinhos
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Modernismo
Relógios perderam o Tic TAC
Estão mudos
O futuro surdo
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O mendigo
Há salvação
Da humanidade
Nas chagas de um homem
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