terça-feira, 8 de julho de 2008

A vigília


Estampidos na madrugada
Rumor passos na calçada
Faz do som insônia
Uma visão noturna espia
No silêncio de lâmpadas vigia
Caça entre frestas na noite sombria
Olhares atentos o peito fadiga
Vultos murmúrios
Enorme vazio
Gritos ecoam na cidade desperta
E um longo rio corre
Pela calçada fria
Luiz D Salles

Um comentário:

Anônimo disse...

Os textos são muito bons, bem criativos. Capazes de tocar a alma do leitor, levar-nos a uma outra dimensão... onde podemos viajar com a leitura e deixar a imaginação criar o que está escrito. Sucesso! Beijos*[Bruna Cristina]


08/07/2008

Poeminimos



Grito silencioso
Ofegante suicídio
Da raça humana

**

A chuva ameaça

Formigas apressadas

Como a voz do Poe/ma


**

Nos campos
Floresce cupinzeiros
Cheios de vida

**

Instinto
Nuvens de pássaros
Plantações de arroz

**

Viajante

Na sombra da nuvem
Pássaro descansa

**

[ A Clevane Pessoa & José Geraldo Neres ]


Nas folhas
Pousam pássaros
Poesias de algodão

**

Mãos
Lápis desenha
Sons de asas
Revoada

**

Seres @

Ao redor do útero
O espião escuta

**

Migrantes

Como cada amanhecer
Pássaros ciganos
Permeiam o destino dos homens

**

Incolor

Há almas
Brancas amarelas negras
Puras não tem cor

**

Estação erótica

Fim de tarde
O vento varre folhas
Outono beija árvores nuas

**

Infância

Juá amarelo como o sol
Guardado Por sentinelas de espinhos

**


Modernismo

Relógios perderam o Tic TAC
Estão mudos
O futuro surdo

**


O mendigo

Há salvação
Da humanidade
Nas chagas de um homem





Rio Sucuriu

Rio Sucuriu