quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Laços do tempo


A minha casa é aquela de estilo rústico de frente para a ruela, — esta vendo? Onde tem uma porta a excitar os desejos, convidando a entrar e conhecer. A janela que se abre e deixa entrar os primeiros raios de sol, que fecha quando o tempo despenca a água do céu, como na noite passada; pode se notar pelas poças d’água onde as crianças se divertem, pelo visto das plantas vistosas e esverdeadas.

Minha casa e onde tem uma planta de ramagem bem escondidinha, quase não da pra ver, mas com jeitinho da pra perceber, é só olhar com o coração. Tem um gradeado no alpendre, onde debruçado troca-se umas palavras com os vizinhos. Têm uma campainha na porta, mas não é preciso tocar. Às cinco da manhã a porta sempre esta aberta a exalar um cheiro de café torrado na hora.

Se você quiser conhecer esta convidado. Vou lhe mostrar minha casa por dentro, ela tem um cheiro agradável, perfume de jasmim aromado. Quartos espaçosos bem ventilados a vista para os fundos, tem um riacho do lado que margeia a casa, onde da para descansar da tribulação da cidade. Debaixo de árvores frutíferas, deitado num tapete de grama verde, ouvir o canto dos pássaros: sabiá, canarinho e as maritacas fazendo uma algazarra danada

Na casa também há uma saleta, onde tem uma mesa com partituras e uma viola arqueada. Onde se faz serestas, nas noites enluaradas, te ainda um fogão de taipa com uma chaleira na boca e o fogo sempre aceso para aquecer a casa, em dias de muito frio. A casa é aconchegante pra se levar uma boa prosa rodeado de amigos, contar casos antigos, estórias, ou ler um livro.

Este lugar é tranqüilo, onde morar é um privilégio, para muitos um sonho. Para realizá-lo basta olhar e imaginar quer numa fotografia; ou voltar no tempo de infância. Lá na memória da criança e nunca mais acordar.

Luiz D Salles

Um comentário:

Edson Bueno de Camargo disse...

Muito bom, o blog é uma janela para o mundo.

Grande abraço,

Poeminimos



Grito silencioso
Ofegante suicídio
Da raça humana

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A chuva ameaça

Formigas apressadas

Como a voz do Poe/ma


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Nos campos
Floresce cupinzeiros
Cheios de vida

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Instinto
Nuvens de pássaros
Plantações de arroz

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Viajante

Na sombra da nuvem
Pássaro descansa

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[ A Clevane Pessoa & José Geraldo Neres ]


Nas folhas
Pousam pássaros
Poesias de algodão

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Mãos
Lápis desenha
Sons de asas
Revoada

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Seres @

Ao redor do útero
O espião escuta

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Migrantes

Como cada amanhecer
Pássaros ciganos
Permeiam o destino dos homens

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Incolor

Há almas
Brancas amarelas negras
Puras não tem cor

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Estação erótica

Fim de tarde
O vento varre folhas
Outono beija árvores nuas

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Infância

Juá amarelo como o sol
Guardado Por sentinelas de espinhos

**


Modernismo

Relógios perderam o Tic TAC
Estão mudos
O futuro surdo

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O mendigo

Há salvação
Da humanidade
Nas chagas de um homem





Rio Sucuriu

Rio Sucuriu