segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
O verbo
Cair em profundo silêncio
Excitar desejos palavras
Metamorfosear verbos
Imaginar-se um ritmo esvoaçante
Despencar nos braços da escrita
Reler indefinidamente
Ser livro
em eterna reconstrução
Luiz D Salles
Poeminimos
Grito silencioso
Ofegante suicídio
Da raça humana
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A chuva ameaça
Formigas apressadas
Como a voz do Poe/ma
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Nos campos
Floresce cupinzeiros
Cheios de vida
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Instinto
Nuvens de pássaros
Plantações de arroz
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Viajante
Na sombra da nuvem
Pássaro descansa
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[ A Clevane Pessoa & José Geraldo Neres ]
Nas folhas
Pousam pássaros
Poesias de algodão
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Mãos
Lápis desenha
Sons de asas
Revoada
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Seres @
Ao redor do útero
O espião escuta
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Migrantes
Como cada amanhecer
Pássaros ciganos
Permeiam o destino dos homens
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Incolor
Há almas
Brancas amarelas negras
Puras não tem cor
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Estação erótica
Fim de tarde
O vento varre folhas
Outono beija árvores nuas
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Infância
Juá amarelo como o sol
Guardado Por sentinelas de espinhos
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Modernismo
Relógios perderam o Tic TAC
Estão mudos
O futuro surdo
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O mendigo
Há salvação
Da humanidade
Nas chagas de um homem